Perguntaram-me um dia destes, a mim e ao Samuel, qual a cidade que tínhamos gostado mais. O meu marido respondeu logo Roma, e Roma de facto, tem tudo para ganhar o prémio. Mas, a primeira imagem que me veio à mente, quando foi feita a pergunta, foi: eu nas águas de Paleokastritsa.

Eu gosto de história, de ver monumentos, de aumentar a minha cultura geral, mas sou da opinião que não há nada como a beleza natural do que nos rodeia. E Paleokastritsa, em Corfu, tem muita dessa maravilhosa natureza, águas esverdeadas, límpidas, muito verde, paredões em rocha que acrescentam todo um ar tropical.

Vermos monumentos é enriquecedor, mas relaxar numa praia paradisíaca, tem como resistir? Por isso, quando li que Corfu tinha uma das praias mais bonitas da Grécia tive de adicionar Paleokastritsa ao roteiro.

Como chegar lá? Fica um pouco longe do sítio onde o MSC Fantasia parou, aliás, fica do outro lado da ilha, por isso aqueles autocarro panorâmicos não passam por lá. Logo à saído do porto, encontram muitas opções, muitas pessoas a quererem vender os seus passeios. O que encontramos mais em conta, foi um táxi com 8 lugares, incluindo o condutor, com o preço fixo de 240€, num passeio por 3h. Sim é muito, eu sei. Mas tinha lido coisas tão maravilhosas acerca daquela praia que não queria abrir mão dessa experiência.

Conseguimos regatear para os 220€. Ah! Um ponto importante: negoceiem sempre! Sem vergonhas. Não sejam como eu que sou péssima a negociar, o que vale é que o meu marido e o meu cunhado são profissionais nisso. Aqui em Corfu, o senhor não baixou muito, mas em outros portos, conseguimos baixar até 60% nos passeios.

Entretanto, enquanto, decidíamos se íamos ou não nesse passeio, um senhor brasileiro chamado Francisco, que tínhamos conhecido no dia anterior no barco, também andava meio perdido à procura de um passeio e bons preços, então propusemos que viesse connosco. Então em vez de 36€ por pessoa, sendo nós agora 7, ficou a 31€.

Falando do Sr. Francisco, a história de como o conhecemos é relativamente engraçada =D No dia anterior, no navio, decidimos ir para o jacuzzi e já lá estava um senhor, então pedimos licença, mas o senhor não entendeu, disse que falava espanhol, então respondemos em espanhol. Começamos a conversar entre nós normalmente, e depois de algum tempo, começamos a perguntar-nos que horas seriam. Então pedimos ao senhor as horas em espanhol e ele estava a tentar dizer as horas em espanhol, mas saiu mais para o brasileiro.

“Então, mas o senhor afinal fala português!”, exclamamos nós surpreendidos.

“Sim, falo, sou brasileiro.” – respondeu meio baralhado.

“Então e nós somos portugueses, não nos entendeu?”

“Sério? Não entendi não. Falam muito rápido.”

O que a gente se riu com isto. Não preciso dizer, que coincidências das coincidências, este senhor era o senhor Francisco, que encontramos novamente no dia seguinte. Durante todo o cruzeiro conhecemos vários brasileiros, e todos se queixaram do mesmo, que falávamos rápidos demais.