De Lisboa a Génova


É hoje! Depois de meses de espera, de um verão passado sem férias, de invejar durante meses as fotos dos corpos bronzeados na praia, dos vídeos de saltos na piscina, dos hashtags #turistanto #vidadifícil #férias2017 #sóparameterinveja…. Chegou a minha vez!
 22 de outubro! São 5 da manhã e a excitação está ao rubro!
Família Carvalho a bordo! É verdade, mãe, pai, marido, irmã e cunhado, todos a bordo para…
Um cruzeiro de 12 dias pelo Mediterrâneo!
Já sei, já sei... cruzeiro é para “velhos”, para quem não quer fazer nenhum, não tem aventura… não me interessa, eu ADORO cruzeiros! Já tinha feito um em 2013 pela Royal Caribbean e agora optamos (digamos que o dinheiro optou) pela MSC, o magnífico barco MSC Fantasia. 🚢
Para mais pormenores sobre o porquê de escolher um cruzeiro clique aqui.

Portanto, apenas precisamos apanhar o avião, fazer uma viagem de 2h40 até Milão e depois apanhar um transfer numa viagem de mais 3h até ao Porto de Génova. Ainda falta tantoooo…
Só quero chegar ao barco e ainda faltam mais de 6h para lá chegar… quando penso no tempo de viagem fico logo desesperada. É que faço as contas assim: demoro 3h de Lisboa a Castro D’aire, a terra dos meus pais, e a viagem é tão longa!
Então ainda falta ir e vir de Castro D’aire, Arghhh… isso é muito tempo. 😳
Bem, mas vamos manter o pensamento positivo, afinal vamos viajar pela TAP, não é em nenhuma companhia low-cost de baixa categoria.
Ou então não! Posso saber porque ninguém me avisou que a TAP tem agora low-costs também?
Digamos que não sou propriamente um modelo de bolso, tenho 1,79m. E pelo que parece os low-cost não são feitos para pessoas grandes. Os bancos não se reclinam, os meus joelhos estão encostados á cadeira da frente, e nem sequer consigo cruzar a perna! Embora depois tenha ficado contente por não conseguir cruzar as pernas, pois li o folheto sobre segurança e desaconselham veementemente esse hábito no avião, por isso estou mais protegida desta maneira (sim porque eu faço me de forte, de quem não tem medo nenhum de andar de avião mas eu tenho bastante respeitinho aos aviões). Mas continuando, tenho de pensar que são só 2h40 de viagem, estou cheia de sono, por ter passado uma noite em claro, adormecer não deve ser difícil. É verdade, sou daquelas pessoas ansiosas, que basta uma pequena mudança no dia seguinte, para já não dormir. Por exemplo, a senhora que me serve o café todas as manhãs, vai ser substituída por outra, essa mudança já é suficiente para não conseguir dormir, por não saber quem me vai servir o café no dia seguinte. Mas acontece que, sou daquelas pessoas que tem uma dificuldade imensa em adormecer em transportes, sejam eles quais forem, até fecho os olhos, encosto-me, pareço estar confortável… mas passado 5 minutos a minha cabeça já está a gritar “não gosto desta posição”,”as costas estão a doer”, “o pescoço está torto”, mas eu aguento-me! “este desconforto é psicológico e não te está a doer nada”- obrigo-me a pensar - mas sem sucesso, passado mais 5 minutos tenho mesmo de mudar de posição e o ciclo reinicia-se.
É super angustiante. Aliás, nem vos conto a minha viagem de 10h vindas do méxico, ou de 10h vindas de Alicante, Espanha, de carro. Claro que conto, não fosse eu uma grande tagarela, mas fica para outra altura.


Apesar de todo o desconforto, a viagem foi tranquila e na verdade, cliché dos clichés: o importante é chegar, agora que cheguei a Milão, pelo menos sei que os meus 11 dias de férias estão garantidos.
Só faltava agora a viagem até Génova. Não dormi é claro, mas pelo menos já era mais espaçoso o autocarro. Já estávamos todos mais animados, cantamos, contamos histórias, gozamos uns com os outros, rimos e criamos memórias.
É um privilégio de facto termos uma família, mas principalmente uma família em que há amor. ♡
Há problemas sim, discussões e parvoíces. Mas sabemos que quando precisamos eles estão lá para nós. Não somos de lamechices, beijinhos e abracinhos. Mas somos… nós. E isso basta. Quando me lembro da nossa viagem de 3h até Génova, sorrio. E é em parte para guardar esses momentos que tenho de escrever, para não esquecer.
Entretanto a fome aperta, e a ansiedade de chegar ao barco cresce. Está quase.






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